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terça-feira, 17 de abril de 2012

Argentina: Bebe “morto” acorda depois de 12 horas

Se lembram do caso da chinesa que acordou em seu próprio velório para fazer o almoço? Pois é, tivemos mais um caso semelhante, porém com um bebê na Argentina. Veja a seguir a notícia adaptada do Portal R7.
Um bebê considerado morto foi encontrado com vida pelos pais em um necrotério de Resistencia, na Argentina, após passar 12 horas na câmera fria, onde aguardava antes de ser enterrado.
O caso, que ocorreu no último dia 3 de abril, chocou a população de Resistencia, cidade cerca de 1.000 km ao norte de Buenos Aires.
A mãe da criança chegou ao Hospital Perranda, o mais importante da Província de Chaco, para dar à luz um bebê prematuro de apenas seis meses.
Logo após o parto, os médicos da instituição deram à família a triste notícia que a criança, uma menina, tinha nascido “sem sinais vitais” e não tinha resistido.
Os pais não aceitaram a notícia e resolveram, horas depois, ir ao necrotério ver o corpo do bebê. Quando abriram o pequeno caixão, eles notaram que o bebê estava respirando. A mãe disse que chegou a ouvir um gemido antes de abrir o caixão.

À noite, eu fui com meu marido ao necrotério. Quando um funcionário abriu a gaveta, ouvi um gemido e minha filha estava viva – contou a mãe, segundo o jornal “Clarín”.
O diretor do hospital disse que a sobrevivência da criança pode ter uma explicação científica. De acordo com ele, uma hipotermia teria causado uma espécie de hibernação, sem que os sinais vitais sumissem por completo.
Uma semana após o incidente, a bebê passa bem. Ela iria receber o nome de Luciana Abigail, mas os pais mudaram de ideia e agora a chamam de Luz Milagros.
Uma investigação vai apurar por que a criança foi dada como morta pelo hospital.
O subsecretário de Saúde Pública de Chaco, Rafael Sabatinelli, informou nesta terça-feira (10) que quatro médicos do Hospital Perrando estão temporariamente afastados até que o caso seja esclarecido.


                
Vejam o que o portal BBC Brasil postou sobre o caso:
Fabián e Analía descobriram a filha vida quando pretendiam se despedir da menina
Este é o incrível caso da pequena Luz Milagros, bebê prematura que foi dada como morta em um hospital na província do Chaco, no norte da Argentina, após médicos não verificarem sinais vitais na menina.
Mas agora a bebê, nascida após seis meses de gestação, está em terapia intensiva, ainda sem previsão de alta.
A representação do Ministério da Saúde do Chaco suspendeu cinco médicos da unidade hospitalar enquanto investiga o caso.
Os pais da menina receberam uma certidão de óbito uma hora antes de irem se despedir da menina no necrotério.

“Obviamente houve um erro médico protocolar (…) foi um fato lamentável, que por sorte está sendo controlado, e toda a assistência médica está sendo dada à pequena Luz Milagros”, disse à imprensa local o ministro da Saúde Pública do Chaco, Francisco Baquero.
Especialistas que examinaram o caso afirmaram que é muito provável que por ter permanecido em baixas temperaturas no caixão, a bebê (de apenas 28 semanas), pode ter conseguido manter seus órgãos vitais em funcionamento.
NÃO INSÓLITO:

“É uma situação lamentável, mas não insólita”, sublinhou ao jornal Clarín o neurologista Claudio Solana. “Os bebês prematuros às vezes nascem sem frequência cardíaca nem respiratória. Sem sinais de vida. O comum é deixá-los em observação por pelo menos duas horas. Às vezes eles se reanimam e recuperam os sinais vitais”, explicou Solana.

A bebê, que nasceu no Hospital Perrando, em Resistência, se chamaria Luciana Abigail, mas seus pais mudaram o nome para Luz Milagros, por acreditarem que foi um milagre a volta da menina à vida.
De acordo com a versão dos pais da criança, a notícia precipitada da morte da menina foi dada poucos instantes depois do parto.

“Houve muitas coisas que me chamaram a atenção, primeiro que não me deixaram ver o corpo de minha filha, e levarem-na para o necrotério, onde colocaram no caixão e fecharam”, contou o pai, Fabián Verón.
“Minha filha esteve 12 horas no necrotério e até o momento, no lugar de uma certidão de nascimento, só temos uma certidão de óbito”, disse a mãe, Analía Bouter.
Ele ainda lembra do instante em que voltou a esperança no que parecia um caso perdido, quando abriram o caixão.

“De repente, escutei um gemido, um choro fraco, ela estava coberta por uma fina camada de gelo”, contou a mãe. “A alegria de saber que estava viva apagou todo o resto”.
A pequena Luz Milagros, segundo o último boletim médico, de quarta-feira, permanecia estável, mas em estado “crítico”. Ela pesa apenas 750 gramas.

“Ela está conectada a um respirador, para que não se esforce, e se recupera”, afirmou a mãe.

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Igor Pinatti

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